Eis que quando o sol luminoso aparece no horizonte de manhã,sobras se projetam sobre a terra...Eis que antes e depois de cada percurso de barulho acontece o fantástico silêncio;assim é a vida aqui,assim a natureza se manifesta de forma dupla,dualística,são os dois pilares que sustentam a criação.
  Desde antes da razão ser instituída como guia para o processo de investigação cientifica,quando os magos perceberam que onde quer que eles olhassem na natureza,havia a correspondência entre dois pontos diametralmente opostos,mas necessários para o equilíbrio do todo,perceberam que onde quer que fossem procuradas respostas sobre o todo,haviam lá,presentes as duas colunas.
   Nós seres humanos precisamos compreender a dupla existência de tudo que é manifesto,tudo aquilo que vem depois do “imanisfesto” só pode existir quando compreendido através da dualidade,até os átomos,objetos de estudo da ciência moderna são apresentados como fruto do equilíbrio entre cargas opostas;de macrocosmos a microcosmos;próton e elétron,ego e id,mente consciente e inconsciente,tudo manifesto dentro da regra dual,assim como na arca de noé,quando de dois em dois os animais foram enviados.

 Mundo das idéias de Platão...um dos conceitos com os quais eu mais me identifico nos filósofos gregos.Fazendo um rápido resumo sobre esse conceito brilhante,podemos definir o mundo das idéias(Hiperuranio) como a realidade sem distorções sensoriais ou seja,uma realidade imutável e que só poderia se acessada através do pensamento sem influências dos sentidos.Ele contém em si a realidade de todas as coisas,por exemplo:Um vaso de cerâmica,ele pode ser facilmente descrito como um vaso com tal altura,de tal cor...porém um dia ele perderá a cor e será quebrado.Essa é a realidade falha dos sentidos,e que utiliza deles para estudar de maneira distorcida a realidade das coisas.
 Já a Idéia de vaso,não pode ser quebrada,nem perderá o sentido e muito menos será destruída com o tempo já que se trata da realidade das coisas e não de uma simples demonstração sensorial de tal objeto,é partindo dessa premissa que Platão baseia seu conceito de mundo das idéias.

Oh grande cosmos,cheio de vibração...
Estarás tu,contido em uma gota de orvalho,ou em uma poça no chão ?
Certo é,se queres entender o universo,não precisas de vã erudição
Sente-se na terra,contemple o ar,sinta o fogo e deixe a agua lhe molhar

Se ainda assim,não receberes tua verdade,só tua
Então vire-se,veja as nuvens a se movimentar,e hora tambem a parar.
Não conseguiu ainda ? então elimine todo desnecessario até ao simples chegar
Acaso não há de se retirar a casca da fruta,para come-la ?

O segredo,está em saber quando parar
Ou em que dia,se movimentar
Está em falar quando necessario,ou as vezes silenciosamente dialogar.
E acima de tudo,perceber aquilo que toca todo ser vivente.

Pai universo...

Qual deve ser a forma do universo?

Que reflete em sua forma

Tudo aquilo que transforma

Em um espelho convexo...

Ou será que tem a forma,de um cubo opaco

Que absorve tudo,não lhe escapa nem um fato

Controla,todo tempo e o espaço no vértice do seu Angulo

Formado de duas linhas,Vindas de um triangulo  !

cego é quem pensa,que o universo complexo

É formado só de pedras,gases e de espaço vácuo

Não imagina quão poderoso e virtuoso

Que não tem em si só matéria mais também o tempo e o espaço

Na verdade ele feito,de puro pensamento

Que quando jogado ao vento,se torna melodioso

Feito de energia latente,que na sua mente procura

Se libertar da matéria ou apenas torná-la pura. 

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O Tempo e o universo

O universo, um grande aglomerado de planetas estrelas,massa,gazes...mais eu não gosto de olhar o universo dessa ótica,penso que o universo é bem mais que apenas massa e energia nós como frutos desse universo ,somos seu reflexo,seu retrato uma impressão em escala menor do grande e onipresente universo cada pensamento seu,cada palavra,cada ação e cada sentimento guarda dentro de si a essência do universo que é sutil,e tão presente que se torna imperceptível a nós.

 O que quero dizer, é que o universo não é apenas formado de massa,ou matéria densa,nos esquecemos que também existem coisas no universo bem mais complexas que reações entre gases,o tempo está contido no universo.Quando eu olho pro céu,não vejo só estrelas,planetas,satélites eu vejo a Opus Magnum.Quem nega a metafísica,o espírito,nega sua origem nobre seu ponto de partida pois primeiro se manifesta o espírito e depois a matéria,mas não existe apenas um universo,existem vários,supra-universos abaixo do nosso,e também universos acima,todos abraçados calorosamente pela grande força motriz de todas as coisas,o tempo,o movimento o devir que é a grande arché de tudo.

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Em uma esquina do universo...

As vezes eu sinto,o mundo tão pequeno
Que cabe dentro de pequeno grão de sal
tão cruel que cabe,em um frasco de veneno
doce,muito doce porém mortal

Mais quando olho para o céu
Cheio de estrelas cintilantes
Eu consigo finalmente rasgar o véu
Desde então,me pergunto será que há um viajante ?

é...quem sabe há em uma esquina do universo
Alguém assim como eu,desconfortável com a cegueira
Que talvez pense de mim,o inverso
Mais também goste de ver,desta maneira

mas que sem perceber,também olha o universo
Em seu eterno movimento,que está por vir
E quando questionado sobre a arché
ele diz: Não,não...não existe arché,apenas devir

Movimento constante,energia latente
destruição eminente,vida emergente;
Constante criação,fruto da oposição
Arché inanimada,mata desbravada

fruto do sonho,da imaginação
daquele motor imóvel,opositor da imperfeição
e a filosofia,chama que queima sem arder
Sol que cega quem não pode ver.

Maravilhoso universo em expansão
Fruto da grande obra,gênese ou explosão
ou quem sabe até,um circulo infinito
sem inicio ou fim,que possa ser dito

Fogo,água,ar,terra fruto de uma única partícula,matéria
Elo perdido que une a pedra e o homem
Átomo,partícula elementar que tudo gera.

Ou apenas,impulsão do pensamento,vertido em vibração
e o amor ? força geratriz,cinzel do criador para polir a pedra bruta
ou lira do levita que toca uma canção;